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Quem disse que games atrapalham os estudos? No Brasil, já existe até faculdade que oferece bolsa de estudos a pro players de "League of Legends", tornando possível o verdadeiro sonho de conseguir um diploma... jogando.
A Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC), em Belo Horizonte, é uma das pioneiras a entrar na onda dos eSports. Diferentemente de outras escolas superiores que já possuem times - como a Universidade Presbiteriana Mackenzie, Faculdade Cidade Verde, Universidade Estácio de Sá -, a FUMEC trata seu projeto de esportes eletrônicos como estágio, cujo valor mensal é de R$ 788 mais o vale transporte.
O esquema na faculdade é levado a sério e apenas os cursos mais relacionados à área de tecnologia estão dentro da grade aceita para o estágio: Ciência da Computação, Computação Gráfica, Engenharia de Computação, Gestão da Tecnologia da Informação, Jogos Digitais, Redes de Computadores e Sistemas de Informação EaD.
"Eu elaborei e apresentei o projeto no começo de 2016, mas sempre fui um gamer e apaixonado pelo esporte eletrônico", diz Allan Borges, coordenador do projeto de eSports da FUMEC. "Fizemos um processo seletivo na universidade em setembro e escolhemos seis alunos. Agora temos um time com cinco jogadores e um técnico."
O time é composto por Breno "Wildey" Giarola (topo), Arthur "Devil" Gomes (selva), Nivercino "Bxxters" Lorber (meio), Victor "Alithe" Barcellos (carregador), Rodrigo "P1NK" Matias (suporte) e Bernard "Ohxy" Ladeia (técnico).
"Eles jogam de segunda a sexta-feira, do meio dia às 18h. Compramos equipamento especializado e estamos montando uma sala própria para eles treinarem. Pretendemos ter uma estrutura completa."
"Como a universidade já tem curso de psicologia, por exemplo, nossa ideia é integrar esses cursos dentro do projeto junto à assessoria dos professores", continua Borges. "Ou também com o pessoal de educação física para observar a postura e posicionamento durante os jogos para evitar problemas, utilizando as disciplinas da faculdade ajudando o time e os alunos com a experiência e não ficar em algo rotineiro."
A equipe já participou de campeonatos amadores para os jogadores se acostumarem com o lado mais competitivo. Na Campus Party de Belo Horizonte, o time conseguiu o terceiro lugar, sendo o primeiro teste para ver a reação dos pro players em um campeonato offline.
"Estamos juntos há três meses agora, a gente treina dentro do campus da faculdade no mesmo laboratório", comenta o jogador da selva Arthur Mares, de 22 anos, estudante de Ciência da Computação. "É tranquilo conciliar com as aulas. Eu estudo de manhã, mas meus colegas de time que estudam à noite também possuem uma facilidade com nosso horário de treino."
Minas no "LoL"
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